Ainda aprenderemos a ter paz
na forma em que se vive, quando passarmos a assumir o que sentimos ou deixamos
de sentir no decorrer dessa longa caminhada que é viver.
Criamos sonhos que são
perdidos durante a estrada, isso acontece quando nos perdemos de nós mesmos,
então o sentido se torna turvo, não consegue – se ver como se é, desta forma colocamos
tudo a perder, valores são perdidos, sentimentos ressentidos, sonhos
desiludidos.
Construímos armaduras na
tentativa de proteção, juramos tolices quando deixamos de acreditar no que
sentimos, a distância se torna como um cuidado negligente, que não protege e
não sara nada, enrijece apenas, minando as forças e amargurando a vida.
O que um guerreiro consegue
ver é que na proteção se morre sonhos, sentimentos e vida, cuidado é claro que
é uma necessidade, agora a dureza da armadura usada para não sentir, diminui a
vida, o fim não chegou, mas é como se tivesse presente no dia a dia, tudo
remete a defesa, para que não doa, a ingenuidade toma conta, pois como se pode
proteger de si mesmo, do que se sente e sonha.
Amaldiçoar a vida é típico de
quem prometeu a si mesmo não entrar em caminhos que o levam ao sofrimento, não
se consegue olhar a história de forma louvável, se não estiver disposto a olhar
as batalhas com alegria de ter as travado e ter saído vivo, comemora- se a vida
e tudo que dela conquistou, e apesar do cansaço, o guerreiro acredita que vale
apena retomar seu coração e enxergar o desgaste das batalhas como medalha,
descansa a vida, ergue a bandeira de paz, assumindo para si a trégua.
Quem se protege para não sentir,
culpa a vida, culpa Deus, culpa tudo e todos, e assim está morto.
Sendo que o verdadeiro
sentido está na reconciliação consigo mesmo, com a vida e com seu Criador, sara
seu coração e olha para si, onde a decisão é voltar a sentir, pois sua vida é a
partilha com os seus, e de coração aberto e alma exposta, assume a vida, suas
lagrimas secas dão lugar a novas emoções que traz ao coração paz, entrega sua
alma através de uma prece ao anjo e o coração entrega a vida.
“Reconcilia - se e vive”
Texto Cris Campos
Imagem da Net