sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Celebração



A existência passa a ter sentido não quando se encontra a cura, mas quando temos um encontro pessoal conosco, o Divino é algo que esta em nós, essa descoberta nos livra dos temores noturnos, dos medos, dos destinos, pois somos livres quando podemos ser nós mesmos, com nossas imperfeições e limitações.
O que faz brilhar os olhos talvez seja isso, entender que a vida e a esperança, pode ser uma aventura que nos reconcilia conosco, não há o que perdoar ou pedir perdão, qualquer culpa torna o olhar cansado, o coração aflito, a alma trêmula, seguir seu caminho te leva pra perto de quem de certa maneira te aproxima da sua luz, por que se há sentimentos escuros em nós, precisam ser desconectados e se o que produz essa sensação for pessoas ou coisas faça-o agora. A vida é sua luz, por isso não podemos deixar de ser reluzentes, simplesmente por que tivemos frustrações, perdas pelo caminho que nos foi colocado para significarmos nossa existência.
Todo guerreiro sabe que a maior batalha é essa, seguir seu caminho com o coração leve, os olhos cheios de serenidade e a alma em harmonia com o que a vida lhe trouxe como possibilidade.
A reconciliação faz entender que ninguém nos fere sem motivos, estamos todos buscando viver em paz, mais cada um tem sua batalha, às vezes árdua para todos, equilibrar os sentimentos ao que buscamos nos tornar, nos coloca em conflitos profundos, então quando o outro te fere, ele feriu primeiramente a si mesmo.
O guerreiro reconhece o cuidado do anjo que não age com espadas, mais sim com preces, trazendo bons sentimentos e cura, o sentimento que fica é de construção e aceitação, de que a vida precisa ter continuidade e não precisa ser na proteção do isolamento, mais pode se tornar família para um mundo melhor para si.
O guerreiro é reconhecido pela sua força e confiança e o que um dos aliados pede é refugio e orientação, pois tudo que teve não o fez obstinado, os olhos do aliado pedem segurança e oque recebe do guerreiro é igualdade, não há entre nós santos, há apenas quem maneja a espada e outro o escudo, um defende e o outro ataca e são essas posturas que faz ambos saírem vencedores, ninguém é maior, é a igualdade que preserva a vida, não é a falta e sim o complemento que faz a diferença na arena, a vitória sem ter com quem celebrar é vazia, é quase uma derrota.
O sentimento que poderia ser considerado erro, encontra sentido no novo que se constrói sem culpa, pois a culpa nos condena até mesmo no que nos faz bem, livre é quem vive sem condenação e ser fiel ao que se sente nos traz a verdade em nós, engana-se quem não se dá a chance, buscar a perfeição dificilmente trará libertação, o coração só será livre se for fiel a si mesmo.
Aquele que traz a benção implora por preces, mais o que o guerreiro tem a oferecer é seu coração que leva vida, pois onde não se consegue ver que a vida é um milagre é onde o milagre acontece, quem quiser ver que veja, aprender a ser grato é o caminho mais próximo do Divino.
O sentido não vem em ser herói, perfeito ou exemplo, o sentido esta em viver e seguir seu coração, o caminho a partir disso traz paz, desta maneira que o guerreiro vê deus em seus aliados, amigos e irmãos, assim ele celebra sua vida e agradece por celebrar a data que simboliza o início da sua existência, é isso que traz o maior sentido, pois aprendeu que sonhos não são bobagens e que, quando você ouve seu coração o destino não se intromete , pois a vida não começa aos 40, 50 ou qualquer outra data, mas quando você decide viver e entrar em trégua consigo mesmo ai sim se torna uma dádiva a vida. Enfrentando as dores, fica sim, mais forte e mais sábio, aprender que fugir da dor é o que nos mata, e que celebrar é o que dá sentido, nos ensina que ser altruísta não precisa deixar de pensar em si, e mesmo mimado que é, o egoísmo não fez parte do guerreiro, sua alma é livre e seu coração acolhe a muitos e é por esses que agradece e celebra o hoje.

” Construí amigos e amores, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la” Augusto Cury


Texto Cris Campos
vídeo da Net

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